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Setor de energia elétrica vive incertezas

Setor de energia elétrica vive incertezas
Setor de energia elétrica vive incertezas

Em evento realizado no mês de julho, no hotel Unique, em São Paulo, o Ministério de Minas e Energia (MME) em conjunto com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), reuniu membros dos poderes executivo e legislativo, especialistas do setor elétrico e membros da sociedade com o objetivo de elaborar um projeto de lei, a ser encaminhado até mês de agosto deste ano, que englobe solução para pontos identificados como gargalos do setor elétrico.

O evento foi organizado em três painéis, com os seguintes temas “O peso dos encargos na conta de luz e caminhos para sua redução”, “Os subsídios na conta de luz e caminhos para sua redução” e “Liberdade do consumidor e a portabilidade da conta de luz”.

Isso, menos de um mês após a publicação do decreto que fixa os novos critérios a serem seguidos pelas distribuidoras de energia para renovar seus contratos de concessões, estabelece os procedimentos de prorrogação das concessões junto a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e recomendação ao MME, prevê as regras de licitação para as concessões não prorrogadas, determina a possibilidade de prorrogação contratual antecipada e disciplina a cessão de faixas de ocupação e pontos de fixação nos postes de energia para compartilhamento com o setor de telecomunicação.

Ricardo Vivacqua, sócio fundador da Vivacqua Advogados, que atua no setor desde 2001, diz “enviar um projeto de lei até agosto deste ano para o congresso nacional tratando de questões como justiça tarifária e liberdade de escolha ao consumidor de energia para o quê? Ficar parado como estão os projetos de lei nº 414 e 1917, que propõem a modernização e a abertura do setor elétrico”.

“Outra recente situação inusitada envolvendo o setor de energia ocorreu quando a ANEEL de forma unilateral extinguiu, com base no Decreto nº 12.068/24, o processo que trata do compartilhamento de postes entre os setores de energia e telecomunicações, causando forte reação do Ministério das Minas e Energia, da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e do Ministério das Comunicações”, afirma Ricardo.

E continua Ricardo, “no início deste mês a Receita Federal, pela Solução de Consulta Cosit nº 203/24 determinou que contrato de concessão de distribuição de energia elétrica não se enquadra como contrato de construção por empreitada, não permitindo a extensão do diferimento do IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, aos subcontratados ou subempreiteiras, o que aumenta o custo das concessionárias. Estes posicionamentos demonstram ainda não existir vontade política para reduzir a tarifa de energia, sempre que há, os entes governamentais convergem seus esforços neste sentido, propondo os justes necessários na legislação para tanto”.

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