13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Veja a seguir mais sobre sintomas, diagnóstico e tratamento
13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um distúrbio neurobiológico com três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
O número de casos de TDAH em todo o mundo varia entre 5% e 8%, conforme a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA).
As pessoas vivem com TDAH por toda a vida, mas sintomas como a inquietude tendem a se tornar mais sutis na fase adulta. Embora não haja uma causa definida para o transtorno, fatores genéticos, ou hereditários, são frequentemente encontrados.
O 13 de julho tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o TDAH. Veja a seguir mais sobre sintomas, diagnóstico e tratamento.
TDAH: o que significa?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é caracterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Pessoas com TDAH parecem ter alterações na região do córtex cerebral pré-frontal e nas suas conexões com o restante do cérebro.
Essa região é responsável pela inibição e controle de comportamentos considerados inadequados e pela capacidade que a pessoa tem de organizar, planejar, prestar atenção, memorizar e ter autocontrole.
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TDAH: quais os sintomas em crianças?
“Fica quieto, menino!”, “Presta atenção”, são frases que as crianças com TDAH costumam escutar. Foi o caso de Marcos Ribeiro, estudante de Ciências Biológicas que teve seu diagnóstico ainda criança por ser “um menino mal comportado”.
“Na escola era muito difícil, a professora sempre brigava comigo e minha mãe era chamada atenção nas reuniões”, lembra. Foi só durante uma ida ao posto de saúde para cuidar de uma gripe que aconselharam a mãe de Marcos a levá-lo ao psicólogo.
Segundo Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO de uma empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT), o distúrbio aparece na primeira infância e está ligado a alterações no desenvolvimento, que podem levar a déficits nas vidas pessoal, social, acadêmica e profissional. Ele lista o que pode ser observado em crianças:
Dificuldade extrema em se concentrar, planejar e executar atividades, inclusive de lazer;
Esquecimento de compromissos e de tarefas;
Comportamentos de evitação em tarefas que exigem esforço mental prolongado;
Inquietação e dificuldade de autocontrole;
Tendência a agir sem pensar nas consequências, o que pode levar a comportamentos de risco;
“Estado de aceleração” constante.
TDAH: como ele pode ser observado em adultos?
Aqueles sintomas que se apresentavam como hiperatividade na infância, na idade adulta podem se manifestar como sensações de inquietude, impaciência, fadiga e serem confundidos com sintomas de ansiedade.
Larissa (nome fictício, pois a entrevistada prefere não se identificar), que trabalha como social media, conta que foi muito difícil se estabilizar profissionalmente, por isso optou por trabalhar para si mesma. “Era muito complicado lidar com aquela rotina de trabalho, tinha horas que eu só queria largar e ir embora. Como freelancer posso pelo menos seguir no meu ritmo.”
Ela relata que seu diagnóstico veio só na vida adulta, quando começou a fazer terapia tentando resolver alguns conflitos emocionais que a deixavam ansiosa. “Antes, só vi [o que é TDAH] assim por cima na internet, mas entendi o que eu sentia depois de saber que tinha TDAH. [Foi] como se a ficha tivesse caído: ‘ah, então é por isso’”.
TDAH: como é feito o diagnóstico?
Ainda que seja um transtorno com causas fisiológicas, o TDAH é uma condição subjetiva, que não requer exame laboratorial ou de imagem para o diagnóstico, o que pode retardar a sua descoberta. Portanto, é importante estar atento aos sintomas já que o diagnóstico é clínico.
Ele é geralmente feito durante o período escolar. “Os profissionais da escola percebem os sinais e são eles que costumam alertar a família”, diz Colombini.
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TDAH: como é feito o tratamento?
O tratamento do transtorno envolve diversos profissionais, incluindo consultas com neurologistas ou psiquiatras, uso de medicamentos e intervenções comportamentais. Os medicamentos geralmente são psicoestimulantes e antidepressivos.
A existência de outras doenças associadas pode influenciar na prescrição. Alguns efeitos colaterais, como insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia costumam ocorrer. Geralmente, os efeitos positivos dos medicamentos surgem em questão de semanas.
A medicação é um dos métodos mais eficazes, mas, em função dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH, também é necessário o acompanhamento de psicólogos, terapeutas ocupacionais e demais especialidades inclusas em uma equipe multiprofissional.
Marcos, atualmente com 21 anos, toma medicamentos para TDAH e faz acompanhamento psicoterapêutico. “Tenho uma qualidade de vida bem melhor por causa deles (medicamentos). Consigo organizar melhor as obrigações, mesmo com algumas dificuldades porque o TDAH continua ali, né?”, conta.
Para Larissa, o 13 de julho dedicado para a conscientização tem sua importância, pois muita gente ainda não sabe do que se trata e não sabe como lidar com pessoas que possuem o distúrbio. “Acho que é uma forma de compreender o que a gente vive todos os dias, porque nem eu mesma compreendia”, completa.
Com informações da Key Press Comunicação e Carolina Parente
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