Uma noite de autógrafos marcou o lançamento da mais recente obra da historiadora Etelvina Garcia, “Manaus e seus cemitérios – Histórias de Vidas e Legados”, na quinta-feira, 10/8, às 19h, no Palácio Rio Negro, na avenida 7 de setembro, Centro. A publicação tem o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e seu Conselho Municipal de Cultura (Concultura).
O diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, afirmou que a obra é um marco para a história de Manaus e sua população. “Mostra o respeito e compromisso da gestão do prefeito David Almeida com nossa história e ancestralidade; com as famílias que aqui construíram suas histórias e a desta cidade plural”, afirmou Cardoso.
A autora Etelvina Garcia está na sua 26ª obra e, durante a apresentação ao público formado por escritores, pesquisadores e estudantes, contou da concepção da pesquisa ao desafio de relatar a história da cidade de Manaus a partir de seus cemitérios e os legados das pessoas que descansam nos campos-santos. “Os donos desta terra são os nossos antepassados indígenas, em especial o povo Tarumã, que sofreu a invasão dos europeus aqui a partir de 1657”, destacou a autora. “Também relatamos os episódios dos períodos das epidemias e pandemias, com grandes demonstrações de humanidade de algumas personalidades que estão no livro”, revelou.
Para o presidente do Concultura, Tenório Telles, preservar a memória de uma cidade é salvar do esquecimento as contribuições dos homens e mulheres que ajudaram, com seus fazeres e ações, a construir o espaço público e a história de um lugar. “É isso que o livro da professora Etelvina Garcia representa. Resgata do silêncio do passado as lembranças e as histórias de vida dos habitantes de Manaus, a partir dos cemitérios que acolhem os que cumpriram suas jornadas de vida. ‘Os cemitérios de Manaus’ é uma obra fundamental para uma melhor compreensão de nossas experiências culturais”, enfatizou.
Presente ao lançamento, o renomado pesquisador e infectologista Marcus Barros leu, avidamente, o livro de sua professora, autora da obra. “Antes de tudo, a emoção que me toca, porque a Etelvina Garcia foi minha professora de ciências há exatos 65 anos. Então, durante todo esse período, tenho acompanhado a sua produção, que é intensa. Mas me surpreendeu muito essa nova obra, abordando os cemitérios, a história da cidade, nos ensinando o que é Manaus e quem habitou essa cidade”.
Livro
O livro “Manaus e seus cemitérios – Histórias de Vidas e Legados” é o resultado da pesquisa da historiadora e escritora Etelvina Garcia, que resgata parte significativa da memória da cidade, a partir dos campos-santos.
Segundo o diretor cultural do Concultura, Carlos Guedelha, trata-se de um livro bem documentado, ilustrado com fotografias e rico em detalhes, cujo texto é um convite à leitura, pela fluidez da linguagem aliada ao domínio da palavra escrita, em um denodado esforço de pesquisa por parte da autora. “O livro conta histórias de vidas e legados, tendo a memória como fio condutor, e os cemitérios de Manaus como espaços sublimes, reservados à preservação da memória e da história, testemunhando o nascimento da cidade”, descreveu.
De acordo com Guedelha, a partir do apoio à publicação da obra, a Prefeitura de Manaus assume o compromisso de estimular a produção escrita, como forma de estimular a preservação da história e da memória de Manaus, contribuindo para a valorização da identidade”, afirma Guedelha.
Da primeira tiragem, as obras serão distribuídas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) nas escolas, e na biblioteca municipal João Bosco Pantoja Evangelista, na praça do Congresso, Centro.
Fotos – Clóvis Miranda/Semcom