Além de levar os seus donos para todos os lugares, os calçados podem transportar vírus e bactérias para ambientes empresariais e residenciais – o que, inclusive, foi um motivo de preocupação durante a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, trazendo à tona elementos como os chamados tapetes sanitizantes e soluções caseiras, com panos e capachos com desinfetantes.
Com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2) em todo o país, aos poucos equipamentos como os tapetes sanitizantes vão sendo deixados de lado. “Ainda assim, o cuidado com os calçados ainda requer atenção por conta de doenças que, com os calçados, têm a entrada liberada na maior parte dos lugares”, afirma Vinicius Finavaro, responsável pela SP Serviços, empresa especializada em higienização.
É nesse contexto que, segundo Finavaro, é necessário redobrar o cuidado com a limpeza regular de carpetes para garantir a saúde do ambiente, evitando a proliferação de microrganismos.
“Uma série de doenças e enfermidades pode acometer um morador de uma casa que não limpa o carpete de sua residência de forma adequada. Isso porque os carpetes podem abrigar ácaros, bactérias e vírus que podem levar a doenças e alergias como asma, rinite, urticária e dermatite”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, os registros hospitalares e ambulatoriais de doenças respiratórias aumentaram 89,73% entre janeiro e maio de 2022 em relação a igual período no ano anterior. São Paulo (SP) registrou o aumento de 52% no número de atendimentos do tipo na rede municipal. Nos primeiros seis meses do ano, 1.026.005 de pacientes foram atendidos por conta de doenças respiratórias, contra 674.795 nos seis primeiros meses de 2021. Apenas para rinite alérgica, a alta foi de 67,13%.
Carpetes sujos atraem pragas urbanas
Finavaro destaca que, sem a higienização correta, os carpetes de casas e empresas podem conter restos de alimentos que, por sua vez, podem atrair pragas urbanas, como baratas e ratos, que são transmissoras de diversas doenças.
No Brasil, as baratas mais recorrentes são as francesinhas. Conhecidas como baratas de esgoto, essas pragas carregam em seus corpos bactérias, protozoários, fungos e vírus. Por conta disso, podem agir como vetores de doenças causadas por bactérias, como a furunculose, lepra, tuberculose, poliomielite e diarréia, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
Um carpete frequentado por ratos, por sua vez, aumenta o risco de contaminação por leptospirose – doença causada pela bactéria Leptospira, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de roedores. No país, há três espécies de ratos que são potencialmente danosas e habitam os centros urbanos: ratazanas (Rattus norvegicus), ratos de telhado (Rattus rattus) e camundongos (Mus musculus).
Higienização aumenta vida útil dos carpetes
Além disso, prossegue, a higienização ajuda a aumentar a vida útil dos tapetes, pois retira as sujidades que aumentam o atrito, aumentando o desgaste, e ainda previne a fixação permanente de manchas no tecido.
De acordo com o responsável pela SP Serviços, a limpeza do carpete deve ser realizada por equipamento profissionais. “Uma empresa especializada pode optar pelo uso de escovas com uma maciez específica, produtos que não danifiquem o tecido e, principalmente, a quantidade de água adequada para não danificar o produto e causar odores desagradáveis”, conclui.
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