Portal Uno Midias
Cidade

Médicos residentes da Prefeitura de Manaus participam de capacitação sobre telemonitoramento de casos de tuberculose 

Os médicos do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, da Prefeitura de Manaus, participaram na tarde desta quinta-feira, 25/8, no Centro Universitário Fametro, localizado na avenida Constantino Nery, bairro Chapada, zona Centro-Sul, da capacitação em “Atenção à Pessoa em Tratamento de Tuberculose e Acompanhamento pelo Serviço de Telemonitoramento”.

Coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Núcleo de Controle da Tuberculose e da Gerência de Telessaúde, a capacitação abordou a situação epidemiológica da tuberculose em Manaus; os compromissos do Plano Nacional para o Fim da Tuberculose; funcionamento da rede de diagnóstico; exames; organização da rede municipal e rede estadual de saúde; fluxo de atendimento na Atenção Primária; esquema de medicamentos; reações adversas; cuidados e fluxo de avaliação dos contatos familiares do paciente; apresentação da plataforma utilizada no telemonitoramento; e roteiro de atendimento.

O supervisor do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Semsa, Frederico Cavalcante, explicou que os médicos que participaram da capacitação são bolsistas da Escola de Saúde Pública de Manaus (Esap/Semsa), residentes do primeiro e do segundo ano, e estão lotados em equipes da Estratégia da Saúde da Família (ESF).

“Durante a formação, os médicos residentes passam um período de vivência no programa de Telessaúde da Semsa para que desenvolvam competências em tecnologias médicas. A capacitação no telemonitoramento de pacientes com tuberculose é uma etapa e reparação para que possam atuar no serviço”, informou o supervisor.

Segundo a técnica do Núcleo de Controle da Tuberculose, enfermeira Dinah Carvalho Cordeiro, o serviço de telemonitoramento foi criado em novembro de 2020 com o objetivo de fortalecer o acompanhamento dos pacientes diagnosticados com tuberculose, a partir do contato por telefone e, assim, reforçar a adesão do paciente ao tratamento e reduzir os casos de abandono.

“É um serviço que complementa o trabalho desenvolvido pelas equipes das Unidades de Saúde onde o paciente realiza o tratamento. A equipe entra em contato com o paciente e avalia questões que possam comprometer o sucesso do tratamento, como é o caso do uso incorreto do medicamento, casos de reação adversa aos remédios e situações de vulnerabilidade social. São situações em que a Semsa pode intervir orientando o paciente e encaminhando a demanda para a equipe na Unidade de Saúde. Em casos de situações de pobreza extrema, também é possível envolver a rede de assistência social para que o paciente possa ter acesso aos serviços, recebendo, por exemplo, cestas básicas”, explicou a enfermeira.

Em 2020, o serviço de telemonitoramento realizou 339 ligações com sucesso. Já no ano passado, o número de atendimentos com sucesso chegou a 4.276 e este ano são 5.061 ligações bem-sucedidas. “Em 2022, 2.361 pacientes receberam ligações, sendo que 1.561 pacientes receberam três ou mais ligações”, informou Dinah.

Para executar o serviço de telemonitoramento, a Semsa conta com uma equipe formada por dois médicos infectologistas, um pediatra, um clínico geral e um enfermeiro, além de técnico do Núcleo de Controle de Tuberculose que atua no direcionamento de demandas.

Uma das pessoas que integra a equipe é a médica infectologista Silvana de Lima e Silva. Ela explica que o tratamento para tuberculose dura em média seis meses, divididos em uma fase intensiva e uma fase de manutenção do tratamento.

“Na fase intensiva, que são os dois primeiros meses de tratamento, o monitoramento por telefone é feito a cada 15 dias. A gente procura verificar nessa fase se o paciente está tomando a medicação de forma correta e se há adesão ao tratamento. Após essa fase, seguimos com o monitoramento a cada 30 dias. Mas também existem situações diferenciadas em que o monitoramento vai depender de uma avaliação caso a caso. Tem sido uma experiência positiva no atendimento, porque, mesmo que seja um atendimento a distância, podemos alcançar o usuário, que se sente mais acolhido e pode tirar as dúvidas sobre a doença e o tratamento”, enfatizou Silvana.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das Unidades de Saúde da rede municipal para a realização de exames.

A transmissão da tuberculose ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.

Em relação ao número de casos novos de tuberculose, a Semsa registrou em Manaus 1.508 casos este ano, sendo 41% na faixa etária de 20 a 39 anos. Desse total, 1.287 casos foram da forma clínica pulmonar.

CONTEÚDOS PATROCINADOS

RELACIONADOS

Prefeitura de Manaus desenvolve manual para tirar dúvidas e ilustrar licenciamento de publicidade

Redação Am

Prefeitura trabalha na implantação de uma nova rede de drenagem profunda no bairro São José Operário

Redação Am

Com apoio da Prefeitura de Manaus, UGPE Prosamim busca regularização de parques residenciais

Redação Am