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Busca internacional pode detectar bens no exterior

Busca internacional pode detectar bens no exterior
Busca internacional pode detectar bens no exterior

Investir no exterior tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre brasileiros, especialmente à medida que buscam diversificar suas carteiras e proteger seus ativos da volatilidade do mercado doméstico. De acordo com informações do Ministério da Fazenda, cerca de 100 mil brasileiros têm ativos que equivalem a mais de R$ 1 trilhão no exterior. Recentemente, visando promover maior transparência fiscal e simplificar o sistema tributário, exigindo adaptação dos contribuintes, a Lei nº 14.754, de 2023, em vigor desde janeiro de 2024, reformulou o tratamento tributário de investimentos no exterior. 

Mesmo com a facilitação oferecida pelo sistema de tributação nacional, alguns desses investidores, que possuem dívidas em aberto no Brasil, usam como estratégia a ocultação e pulverização de bens e ativos financeiros em diferentes partes do mundo. Com a globalização, esses devedores aproveitam a facilidade de transferir e esconder seu patrimônio, utilizando métodos que dificultam a identificação e recuperação desses bens pelos credores.

Ao descobrirem a existência de bens do devedor no exterior, muitos credores acabam, seja por escolha ou por desconhecimento, desistindo da busca pelo crédito devido às burocracias e custos envolvidos. No entanto, existem ações que podem ser tomadas no âmbito nacional, realizadas por profissionais especializados da área jurídica, através de ferramentas tecnológicas e acordos internacionais, onde é possível identificar e recuperar ativos ocultos: trata-se da busca internacional de bens para a execução. 

Segundo Daniela Sigliano, CEO da Effort, empresa especializada em pesquisa com foco em recuperação de ativos, a alienação de ativos móveis e imóveis, como casas, apartamentos, barcos, aeronaves, coleções, fazendas, lotes e carros, é uma estratégia comum dos devedores para transformar seus bens em liquidez e dificultar a rastreabilidade.

“Outro caminho bastante utilizado é a criação de empresas Offshore. A constituição de empresas desse segmento em países com legislação favorável à proteção de dados empresariais e tributários, como BVI, Panamá, Ilhas Cayman e Delaware, representa uma barreira significativa. Essas jurisdições dificultam o acesso a informações empresariais, tornando a identificação de bens um processo complexo. Porém, superáveis, mediante ferramentas e acordos internacionais”, explica Daniela. 

Entre outras alternativas, utilizadas por esses devedores, Daniela destaca também os movimentos contábeis complexos, incluindo a celebração de contratos de mútuo sem contrapartida. Esses são usados pelos devedores para transferir capital para o exterior de maneira a evitar a detecção.

Soluções utilizadas na busca internacional de bens para a execução

A especialista afirma que há soluções que permitem que os bens do devedor nos paraísos fiscais sejam identificados. 

“O uso de tecnologia avançada, como os protocolos que oferecem o módulo Mapa de Relacionamentos, podem ser eficazes. Essa ferramenta traça vínculos pessoais e empresariais do devedor, facilitando a identificação de participações empresariais e possíveis ocultações de bens e fraudes transnacionais em questão de minutos”, exemplifica Sigliano.

De acordo com ela, é fundamental também fazer uma análise detalhada dos documentos contábeis da empresa e suas controladoras no exterior. A partir disso, é possível identificar movimentações financeiras suspeitas e transferências de capital ilícitas.

A cooperação entre diferentes sistemas judiciais e a existência de acordos internacionais também são importantes para a eficácia da busca de bens. Países que reconhecem sentenças estrangeiras, sob certas condições, facilitam a transferência de processos entre jurisdições, agilizando a recuperação de créditos.

“A transferência é crucial para a eficácia da busca de bens e envolve cooperação entre sistemas judiciais diferentes, existência de acordos internacionais e ferramentas legais que permitam uma maior flexibilidade e rapidez na movimentação e execução dos processos”, analisa Sigliano.

Ela acrescenta que existem também “protocolos de buscas patrimoniais que consolidam as informações rapidamente, fornecendo ao judiciário a base necessária para decisões rápidas e fundamentadas, agilizando o processo de recuperação de crédito”.

A busca internacional de bens, apesar de complexa, é viável e pode ser eficaz com a utilização de tecnologias avançadas e cooperação jurídica internacional.

Para saber mais, basta acessar: https://effort-co.com.br/

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