Lidar com uma grande quantidade de produtos e mercadorias que chegam e saem de um armazém pode ser um desafio para as empresas. É por isso que muitas fazem uso do Warehouse Management System (WMS), cuja tradução literal ao português é “Sistema de Gerenciamento de Armazém”.
Essa solução logística gerencia todas as atividades relacionadas ao fluxo de produtos. O sistema abrange recebimento, inspeção, conferência, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição e entrega.
“Além disso, o WMS lida com questões administrativas, como emissão de documentos, inventário e gestão de custos, tempo e capacidade”, explica Rodrigo Cagnato.
Ele é CEO da companhia Rajlog e implementou, no negócio, uma solução de Enterprise Resource Planning (ERP ou “Planejamento de Recursos Empresariais”, em tradução ao português) da empresa Uno. Trata-se de uma ferramenta que integra e otimiza as funções do WMS.
“O ERP também oferece soluções de automação, como aplicativos próprios para coletores de dados, impressoras, etiquetas com código de barras e gerenciamento por indicadores (KPIs), garantindo eficiência total”, acrescenta.
De forma geral, o WMS e o ERP podem ser usados por diferentes perfis de negócios, incluindo as pequenas e médias empresas (PMEs), como distribuidoras, atacadistas, fabricantes, e-commerce, entre outras.
Na visão de Cagnato, os benefícios de contar com essas tecnologias são amplos. “Há uma melhoria na gestão e controle do estoque, garantindo a disponibilidade de informações precisas e a qualquer momento”, aponta.
Ele cita também a possibilidade de rastreabilidade total. Isto é, usar dados e códigos de barras para identificar onde está um produto, se já saiu do armazém ou se ainda aguarda a liberação. Essa automação possibilita a diminuição dos custos com mão de obra.
Outro ponto positivo mencionado por Cagnato é a “redução de perdas [de mercadorias] e reclamações de clientes, resultando em um melhor desempenho operacional”.
O CEO explica que, no gerenciamento de armazéns, é possível utilizar inteligência artificial (IA) para fazer uma gestão preditiva. Essa abordagem parte de dados e análises estatísticas para prever eventos futuros e se antecipar a eles, detectando, por exemplo, se há uma tendência de alta nas compras de determinado produto e se é necessário produzir mais unidades para atender à demanda.
“O uso de um WMS nativo ao ERP pode trazer inúmeras vantagens na gestão da operação de uma empresa, como fidelidade de um cadastro único, centralização dos dados e informações, confiabilidade nos processos e principalmente, agilidade na tomada de decisões”, diz, orientando também que haja uma atenção especial à necessidade real da empresa e um orçamento bem definido.
No entanto, apenas ter a tecnologia não basta: em sua visão, a companhia deve investir também na capacitação da equipe. “É fundamental ter processos e pessoas engajadas com os objetivos da automação”, finaliza.
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