O mercado de beleza está em uma trajetória ascendente em todas as categorias. É o que demonstra um relatório da empresa de consultoria McKinsey Global Institute, que ressalta que o setor provou ser resiliente em meio a crises econômicas globais e em um ambiente macroeconômico turbulento. Segundo o estudo, esse segmento pode crescer 6% ao ano e atingir cerca de US$ 580 bilhões (cerca de R$ 2,98 trilhões) até 2027.
Ana Paula Dantas, diretora técnica científica da Amabella, destaca que, no Brasil, a tendência na indústria da estética tem-se voltado, nos últimos tempos, para a busca pela naturalidade. “Passamos por uma fase neste mercado em que as pessoas buscavam mudanças, aparências semelhantes àquelas falsamente alcançadas por meio de filtros e Photoshop”.
A observação da especialista é corroborada por dados de uma pesquisa da Allergan Aesthetics: em média, 94% dos brasileiros concordam, parcial ou totalmente, que o uso exagerado de filtros pode levar a uma diminuição da autoestima, conforme divulgado pelo jornal O Globo.
Dantas explica que, na busca pela “perfeição”, algumas pessoas acabaram por adquirir incômodos ou distúrbios psicológicos, como a ausência do autorreconhecimento ou a busca incessante por uma perfeição nunca alcançada. Como resultado, muitos indivíduos optaram por fazer uma série de procedimentos invasivos em curtos intervalos de tempo.
“Algumas pessoas ingressaram em um padrão de beleza ‘confeccionado’ em série, com os quais todos obtém resultados parecidos: lábios volumosos, sobrancelhas extremamente arqueadas, mandíbulas em ângulo de 90 graus e arco zigomático – popularmente conhecido como ‘malar’ bastante pronunciado”, afirma.
Segundo Dantas, agora a “onda” da vez tem sido, justamente, a remoção dos exageros: “Hoje, as pessoas buscam gerenciar o envelhecimento, ou seja, envelhecer bem. Por isso, a nova tendência é apenas harmonizar, valorizando o que cada um tem de belo e suavizar o que podem ser consideradas imperfeições, mas sempre mantendo o seu padrão facial e, assim, a sua essência e a sua individualidade.”
Para a Dra. Adriana Mélo, fundadora da Clínica de estética avançada Mélo Saúde, houve um padrão de beleza “industrializado”, onde os resultados eram uniformes, como lábios aumentados, sobrancelhas fortemente arqueadas, mandíbulas definidas em ângulo reto e maçãs do rosto proeminentes.
“Essa uniformidade levou a uma aparência artificial, distante da individualidade e naturalidade que muitos buscam atualmente. É importante refletir sobre como esses padrões influenciam a percepção de beleza e bem-estar das pessoas”, diz ela, ressaltando que a tendência atual no Brasil na área da estética é a procura por um aspecto mais natural. “As pessoas estão buscando resultados que realcem sua beleza de maneira sutil, sem que seja óbvio que passaram por algum procedimento estético. Isso reflete um desejo crescente por uma aparência que pareça mais orgânica e menos modificada artificialmente”, conclui.
Dantas pontua que o mercado precisa acompanhar tais desejos e tem se dedicado à produção de produtos eficientes para tal, como os fios absorvíveis e os bioestimuladores de colágeno e elastina. “Além disso, tem ganhado destaque produtos capazes de uniformizar o tom de pele, disfarçando manchas e melasmas, bem como aqueles capazes de devolver nutrientes para a manutenção da qualidade dérmica, diminuindo rugas, sulcos, aspectos de pele craqueladas e aparência cansada”, complementa.
A Dra. Karina Doro, expert em fios e ácido hialurônico, afirma que, quando iniciou sua jornada na especialidade, a visão dos pacientes e dos profissionais era de fato uma face “marcada e com volumes expressivos”. Mas ela afirma nunca ter se identificado com este padrão e, por isso, sempre realizou procedimentos naturais.
“Porém a maior expertise do profissional, na minha opinião, é o entendimento de envelhecimento e, assim, conseguir chegar antes dele. Evitar ou diminuir as marcas e quedas da face antes delas acontecerem. Não precisamos deixar ‘cair para levantar’, podemos ‘não deixar cair’, apenas. E para isso é necessário um entendimento profundo de anatomia e envelhecimento cronológico.”
De acordo com a diretora técnica científica da Amabella, diversos procedimentos se encaixam no novo conceito: “A fim de se obter resultados naturais, promovendo ar de descanso, valorizando o belo e suavizando aquilo que o paciente identifica como imperfeição, os profissionais da área têm apostado nos procedimentos com fios bioabsorvíveis, indutores de colágeno bioabsorvíveis em solução, mesclas com ativos veiculados como Drug delivery e tecnologias”, explica Ana Paula.
Dra. Adriana Mélo reforça a importância do uso de procedimentos naturais, como fios de PDO. “Os fios de PDO (polidioxanona) têm se destacado no mercado de estética como uma solução eficaz para o tratamento da pele e o gerenciamento do envelhecimento. Eles são valorizados por proporcionarem um efeito de rejuvenescimento natural, sem alterar drasticamente a expressão facial dos pacientes. Além disso, os fios de PDO estimulam a produção de colágeno, o que contribui para uma pele mais firme e jovial. Essa tendência reflete o desejo das pessoas por procedimentos que ofereçam resultados duradouros e harmoniosos, alinhados com a busca por uma aparência saudável e natural”, diz ela.
Já a Dra. Karina Doro diz que outro aspecto importante a ressaltar é que o excesso de preenchedores, “além de nos deixar artificiais e volumosos, nos deixa à mercê de intercorrências maiores. Por isso minha paixão por fios de PDO.” Para ela, eles “proporcionam, ao longo do tempo, naturalidade e reposicionamento dos tecidos, além de promover colágeno e aquele efeito de ‘cola’ na pele”.
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