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Comidas de rua brasileiras estão no top 100 da TasteAtlas

Comidas de rua brasileiras estão no top 100 da TasteAtlas
Comidas de rua brasileiras estão no top 100 da TasteAtlas

No ranking global das 100 melhores comidas de rua do mundo, divulgado pelo TasteAtlas, a coxinha brasileira conquistou a 34ª posição, enquanto o arrumadinho se destacou na 48ª colocação. A lista, que reflete as avaliações do público registradas até 29 de novembro de 2023, compilou 57.753 análises, reconhecendo 39.381 como legítimas por meio de mecanismos que filtram classificações de bots, bem como sentimentos nacionalistas e patrióticos locais.

Originária de São Paulo no século XIX, a coxinha ganhou popularidade nas décadas seguintes, espalhando-se pelo Rio de Janeiro e Paraná na década de 1950. Este croquete recheado com carne de frango e catupiry é hoje um dos aperitivos salgados mais apreciados no Brasil. 

Por sua vez, o arrumadinho foi classificado na 48ª posição. Tradicionalmente servido como aperitivo, o arrumadinho é uma combinação organizada de quatro elementos: carne seca fatiada, vinagrete de vegetais cortados em cubos, feijão-fradinho e farofa, uma mistura de farinha de mandioca torrada. Com origens no Nordeste do Brasil, especialmente em Pernambuco, o prato conquistou reconhecimento global ao integrar a seleção das melhores comidas de rua do TasteAtlas.

De acordo com o técnico de qualidade de alimentos da empresa Zini Alimentos, José Luiz Porto, com o advento da intensa migração das pessoas ao redor do mundo, a cultura culinária dos mais diversos povos também se espalhou, popularizando pratos hoje mundialmente conhecidos como os tacos, a pizza, o cachorro-quente, as esfihas, kebabs e, mais recentemente, as famosas coxinhas. “Ela vem aos poucos conquistando apreciadores no mundo inteiro, principalmente por pertencer à categoria de snacks: ou seja, que podem ser preparados com praticidade, rapidez e segurança”, disse.

Comidas de rua e a segurança alimentar

Segundo Porto, nos últimos anos, a comida de rua ganhou novas opções, mas o mais importante é que os operadores desta modalidade de alimentação têm se preocupado muito com a segurança alimentar, com o propósito de oferecer alimentos mais seguros e, principalmente, fidelizar o cliente. 

“Com este movimento, matérias-primas mais seguras e práticas entraram no radar da street food. O incremento na procura por comida de rua fez com que a indústria entrasse neste mercado de forma contundente”, salienta, ressaltando que foi assim que o pão de queijo conquistou vários países do mundo, e agora a coxinha está trilhando este mesmo caminho.

O especialista em alimentos destaca que a culinária brasileira sempre foi muito criativa no conteúdo e na forma, como pode ser comprovado com a invenção do churrasco e da pizza rodízio, da esfirra tradicional – fechada -, e da brasileiríssima “aberta”, com produção em larga escala. “O nosso churrasco grego, da comida por quilo são algumas opções”, relata. Para ele, a capacidade de reinterpretar receitas internacionais com um “toque ocidental” tem conquistado o mundo. 

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