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Cuidado multiprofissional vem mostrando resultados na educação infantil

Cuidado multiprofissional vem mostrando resultados na educação infantil
Cuidado multiprofissional vem mostrando resultados na educação infantil

O cuidado multiprofissional na educação infantil emergiu como um elemento importante para o desenvolvimento integral e saudável das crianças em idade pré-escolar. Relatórios como o Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil, divulgado pelo MEC destaca a relevância dessa abordagem para promover um ambiente educacional enriquecedor e propício ao crescimento físico, cognitivo, emocional e social dos pequenos.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a educação infantil desempenha um papel fundamental na formação das bases do aprendizado ao longo da vida, sendo um período crucial para o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais. Nesse contexto, a presença de uma equipe multiprofissional capacitada é fundamental para atender às necessidades específicas de cada criança, garantindo uma educação inclusiva e de qualidade.

De acordo com estudos divulgados pela American Psychological Association-APA e pela UNICEF, a interdisciplinaridade no cuidado à infância proporciona uma visão holística do desenvolvimento infantil, considerando aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Profissionais como pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais desempenham papéis complementares na identificação e no apoio às demandas individuais de cada criança, contribuindo para o seu pleno desenvolvimento.

Ainda segundo os dados trazidos pela UNICEF, a neurociência demonstra que o cérebro das crianças pequenas possui uma notável plasticidade, significando que está constantemente em processo de aprendizagem e é altamente suscetível a mudanças, especialmente nos primeiros 1.000 dias, desde a concepção até os 2 anos de idade, período que constitui a base das estruturas que sustentam a aprendizagem ao longo da vida, influenciando o desenvolvimento das habilidades emocionais, cognitivas e sociais, bem como a capacidade intelectual, habilidades e competências. Portanto, deve-se proporcionar estímulos adequados às crianças nesse estágio crucial, em um ambiente acolhedor e estimulante, repleto de cuidado, afeto e interações frequentes com adultos significativos para elas. 

O cuidado de crianças com transtornos neurocognitivos demanda uma abordagem especializada e compreensiva, considerando as complexidades de seus desafios cognitivos e emocionais. Estes transtornos, como o autismo, a síndrome de Down e o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), afetam o funcionamento cerebral, influenciando o desenvolvimento da linguagem, da cognição e das habilidades sociais. Portanto, fornecer intervenções personalizadas como o contato com atividades lúdicas, que visem tanto a maximização do potencial de cada criança quanto o suporte às suas dificuldades específicas é uma prática que deve ser pensada no cuidado da equipe interdisciplinar, conforme traz o artigo da Educação Pública.

Conforme dados de um estudo feito pela UfsCar, composta por profissionais da saúde, educação e serviços sociais, desempenha um papel essencial na avaliação, planejamento e implementação de estratégias de intervenção adaptadas às necessidades individuais de cada criança e no desenvolvimento de atividades mais inclusivas. Além disso, é fundamental envolver e apoiar as famílias, oferecendo-lhes recursos, orientação e apoio emocional para enfrentar os desafios associados ao cuidado de uma criança com transtorno neurocognitivo.

Para Tatiana Novaes, Diretora da instituição Helper Assessoria, que promove um ambiente terapêutico ao ar livre, no conceito “jardim de casa”, cada criança é única, com suas próprias necessidades, habilidades e desafios, e é fundamental que tenhamos profissionais especializados em diferentes áreas trabalhando em conjunto para fornecer um suporte abrangente e personalizado. Para ela, “a interação entre educadores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, permite uma avaliação mais completa das necessidades de cada criança e o desenvolvimento de planos de intervenção que abordem não apenas suas habilidades, mas também seu bem-estar emocional, social e físico. E finaliza, “além disso, uma abordagem colaborativa pode facilitar a identificação precoce de possíveis dificuldades de aprendizagem ou desenvolvimento, permitindo intervenções precoces e efetivas. Ao trabalhar em equipe, a intenção é proporcionar um ambiente educacional inclusivo e acolhedor, onde todas as crianças tenham a oportunidade de alcançar seu máximo potencial e se desenvolver de maneira integral.”

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