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Para economizar, famílias trocam livros e uniformes

Para economizar, famílias trocam livros e uniformes
Para economizar, famílias trocam livros e uniformes

Entre impostos, férias e despesas que se acumulam com as comemorações de fim de ano, a lista de material escolar e o uniforme são itens que impactam no orçamento. O levantamento realizado pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) encontrou diferenças de até 262,50% nos valores de um mesmo produto. Para economizar, pais têm buscado alternativas que vão além da pesquisa de preço, como por exemplo, reutilizar e reaproveitar itens escolares do ano anterior como alternativa sustentável para o meio ambiente e para poupar gastos.

No Colégio Franciscano Pio XII, que fica no bairro do Morumbi, em São Paulo, um grupo de mães voluntárias apresentou à diretoria a proposta do projeto “Bibliotroca”. O Colégio abraçou a ideia e há 19 anos pais e alunos podem efetuar a troca de livros – paradidáticos e didáticos, não consumíveis, de categorias diversas – por intermédio da “Bibliotroca”. A regra é simples e não há burocracia: a família ou estudante que entregar livros utilizados no ano anterior que ainda estejam na lista de material atual pode retirar outro livro durante todo o ano letivo.

Há onze anos, o projeto foi ampliado para os uniformes com as mesmas regras usadas para os livros, o que proporciona ainda mais economia às famílias. “As crianças crescem e os uniformes acabam ficando pequenos, mas, muitas vezes, ainda estão em perfeitas condições de uso. Então, fazemos uma avaliação e os aprovados são disponibilizados para a uniformetroca”, explica Mary Elizabeth Azevedo, coordenadora da “Bibliotroca” há 15 anos e mãe de uma aluna e de dois ex-alunos do Pio XII.

Desde que se tornou adepta da “Bibliotroca”, Mary conta que economizou bastante e vê o projeto como definitivo: “É bom para os alunos e para os pais. A adesão é muito grande, com a participação, inclusive, de pessoas que desejam apenas doar o material para que seja repassado. Funciona bem para todo mundo”, afirma. “Adquirimos um livro didático ou paradidático para nossos filhos para um determinado propósito: a educação deles. Passado o ano letivo, esse livro pode ser disponibilizado para outra família, o que é muito melhor do que mantê-lo esquecido numa prateleira ou, pior ainda, jogá-lo no lixo”, comenta a coordenadora.

As mães voluntárias do projeto também reforçam a orientação a alunos, pais e professores sobre a importância de cuidar do livro, o significado da troca e os cuidados que se deve ter para conservá-los. Ainda assim, ao chegar à “Bibliotroca”, todos os títulos passam por uma avaliação. “Os próprios professores propõem atividades a lápis e ressaltam a importância de os estudantes cuidarem bem dos livros para que seja possível reutilizá-los”, diz Mary. Para o aluno que efetua a doação e não tem interesse em nenhum outro para retirar, a ação oferece créditos com prazo indeterminado para que ele possa adquiri-lo em outra data.

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