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Amazonas apresenta estabilidade em acidentes com animais peçonhentos nos últimos dois anos

O Amazonas apresenta estabilidade em acidentes com animais peçonhentos registrados nos últimos dois anos. No entanto, há maneiras de preveni-los, segundo destaca a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Foram 3.154 casos em 2021 e 3.044 casos em 2020.

O animal com maior número de ocorrência é a serpente, com 68% dos casos no ano passado.  Ainda em 2021, o segundo maior causador é o escorpião, que ocasionou 489 acidentes ao longo do ano. Entre os demais animais que mais causam os acidentes estão aranha (241), abelha (53) e lagarta (29).

De acordo com o diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros, para evitar esse tipo de acidentes é importante manter práticas que afastem os animais da área residencial, como vedar soleiras de portas; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar abertura dos ralos, pias ou tanques e aberturas de ventilação, além de manter limpos quintais.

“Os acidentes com animais peçonhentos são mais registrados no período das vazantes dos rios no Amazonas. Não houve aumento, mas alertamos para a importância de tomar cuidados para evitar a proximidade com esses animais. E, em caso de acidente, procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo”, destaca Daniel.

Educação em saúde – Segundo o médico veterinário Deugles Cardoso, da Gerência de Zoonoses da FVS-RCP, o Estado também conta com a ação dos Núcleos de Educação em Saúde das prefeituras municipais, no intuito de alertar às populações que trabalham na floresta e podem se deparar com animais peçonhentos, como as serpentes.

“É preciso conscientizar sobre o uso de equipamentos de proteção, como botas de borracha de cano longo, que são imprescindíveis para quem trabalha na agricultura e acessa as florestas. O simples uso dessa bota pode reduzir 80% dos acidentes que envolvam serpentes”, afirma Deugles.

Soro antiveneno – A FVS-RCP anualmente libera lotes de soro antiveneno para atender as necessidades de assistência à saúde das secretarias municipais de Saúde no Amazonas. Neste mês de janeiro, foram distribuídas, para os municípios do Amazonas, 950 ampolas de soro antiveneno para tratamento de picadas de serpentes, escorpiões, aranhas e mordeduras provocadas por animais suspeitos de raiva. As ampolas de soro complementam os estoques já existentes dos municípios.

Cenário – Em 2021, os municípios que mais registraram acidentes por animais peçonhentos foram Manaus (361), Parintins (198), Itacoatiara (186), Maués (135), Rio Preto da Eva (127), Tefé (90), Atalaia do Norte (82), São Gabriel da Cachoeira (82), Barreirinha (79) e Borba (76).

Atendimento – Em caso de acidentes com animais peçonhentos, o paciente deve procurar o mais rápido possível a emergência do hospital mais próximo para o atendimento e, se necessário, receber o soro compatível.

Em Manaus, os atendimentos de pacientes vítimas de acidentes por animais peçonhentos são realizados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT/HDV), que é referência de tratamento com soroterapia para esses tipos de acidentes. Os números para contato telefônico da instituição são o (92) 2127-3555, 2127-3401 e 2127-3519.

Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, incluindo o monitoramento de indicadores de acidentes com animais peçonhentos, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Doenças (DVA/FVS-RCP) via Gerência de Zoonoses (GZ/DVA/FVS-RCP).

A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Os números para contato são (92) 3182-8550 e 3182-8551. Os contatos específicos do DVA/FVS-RCP e do GZ/DVA/FVS-RCP são, respectivamente, 3182-8547 e 3182-8544.

FOTO: Kássio Moraes/FVS-RCP

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